Saturday, June 21, 2014

A CIÊNCIA SOCIOLOGIA POSITIVA


Prezados Amigos e Conhecidos,
Bom Dia!
INTRODUÇÃO:
       Augusto Comte não somente inventou o Nome SOCIOLOGIA como também percebeu e não inventou Leis  Naturais  para  representar uma ciência que nos favorece sugestões de governar no Presente para melhor definir Futuro de um Povo em Sociedade. Mais tarde percebeu Leis Naturais do Comportamento Individual Humano – Ciência da Construção ou Psicologia Científica – fica para outra oportunidade. Mas podeão se desejar conhecê-la, entre nos Links abaixo, lendo primeiramente o ANEXO VI -  A CHAVE DO LÉXICO DE AUGUSTO COMTE (Ângelo Torres)..........pagina 329
e outro do Discípulo Direto de Augusto Comte – Pierre Laffitte.

     Segue uma visão geral da Doutrina Positivista e depois  uma exposição sobre Ciência Sociologia Positiva ou Científica. Científica, pois possui Leis Naturais como a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química, a Biologia e etc.  Ela é uma ciência conhecida  hoje em dia com a conotação de exata. Desconhecida da maioria dos intelectuais de hoje em dia.

   Não é vergonha não saber, o pior é omitir.



Atenciosamente, desejo a todos,
Saúde, com respeito e fraternidade,
Paulo Augusto Lacaz


A CIÊNCIA SOCIOLOGIA POSITIVA

           A Ciência Sociologia Positiva expressa as Leis Filosóficas Naturais da Organização e do Desenvolvimento da Sociedade.

O Método é a Filiação Histórica.

Podemos apresentar resumidamente as sete teorias que compõem esta Ciência.

                        1º)  Teoria da Propriedade – Poder Material.

                        2º)  Teoria da Família – Poder Moral Positivo

                        3º)  Teoria do Idioma -  Poder Intelectual.

                        4º)  Teoria da Sociedade – Governo Temporal / Governo Psicológico ou Sacerdotal  

                        5º)  Teoria do Fetichismo – Organização da Situação Inicial da Sociedade

                        6º)   Teoria da Teocracia – Organização da Situação Provisória.

7º)  Transição Ocidental – Greca – Romana – Medieval e Moderna, 
caminhando para a SOCIETOCRACIA e finalmente para SOCIOCRACIA.  

Estas Sete Teorias fazem parte do Curso de Sociologia Positiva.

      A Ciência Social, isto é, a Sociologia Positiva, compõe-se de duas partes: uma que constrói a Teoria da Ordem – A Sociologia  Estática, e a outra, que desenvolve a Teoria do Progresso -  A Sociologia Dinâmica.

Estas Leis Naturais Estáticas e Dinâmicas, explicam o consensus e a evolução em toda a Sociedade.

O Método utilizado pela Ciência Sociologia Positiva, além dos das ciências que a precedem (Matemática, Astronomia, Física, Química e Biologia) e que ela  deve utilizar: como  a indução, a dedução, a observação, a experimentação e a comparação, respectivamente; ela introduz  o Método da Filiação Histórica. Desta forma a Sociologia Positiva tira partido do método subjetivo, para sua própria coordenação, a fim de instituir as questões propícias e eliminar todas que forem ociosas.

Por isso, as observações  diretas, os materiais concretos de toda sorte, recolhidos pela história, de todos os povos e  o conhecimento geográfico da Terra, formam a base especial,  isto é, o substractum indispensável de todas as suas concepções.

Desta forma poderemos caracterizar de maneira definitiva, a  verdadeira diferença específica que existe, sob o aspecto lógico entre a filosofia materialista e a Filosofia Positiva, ou de forma mais geral, entre as duas Sínteses, Objetiva e Subjetiva. Comparando estes dois enfoques, pode-se magnificamente julgar quem construiu a  Ciência Social Positiva – Sociologia Positiva, se o materialismo, se o Positivismo; e, ao mesmo tempo, se o repertório de fatos publicados, pelos registradores de fatos,  que nada mais é, a bem da verdade, que o seu conteúdo concreto objetivo, é um manual etnológico, muito interessante e preciso, que jamais substituirá, sob qualquer ponto de vista, a principal criação de Augusto Comte.

Não há dúvida que a escolha dos dados etnográfico, antropológicos, zoológicos, botânicos, cosmológicos, geográficos, climáticos e etc. tem uma importância fundamental em Sociologia Positiva, pois neles se encontram o substrato inevitável das observações e das construções abstratas, as únicas que podem caracterizar a Ciência. Mas temos absoluta certeza, que a soma dos documentos concretos, analisados por Augusto Comte, acumulados em sua mente privilegiada, antes de se entregar às meditações sociológicas, na procura das Leis Naturais Abstratas Sociológicas, isto é, científicas, embora nada reclamadas deste esforço, mais profundo e superior que o autor de muitos trabalhos ditos de Sociologia, como meros importantes relatos e de fatos segundo a etnografia. 

Para os materialistas, a Ciência Sociologia, a não Positiva, é uma coleção de impressões, cujo objeto, se move e muda sem cessar; por isso, jamais estará acabada. São simples catálogos de fatos, sem nenhuma ligação racional, e sem a necessária concepção das relações que eles  entre si apresentam; ou de suas Leis Naturais, por isso, jamais abrangerá todos os fenômenos, que se multiplicam ao infinito, sem poder esgotar sua evolução; concepção esta dos materialistas.

Os filósofos materialistas, não possuem a verdadeira inteligência científica, não compreendem as condições lógicas dos problemas da instituição da Ciência Social Positiva, confundindo, o abstrato com o concreto.
 
Vamos ao esclarecimento das duas Sociologias : a Estática e a Dinâmica Positivas ou Científicas.

Sociologia Estática Positiva: 

Pelo ponto de vista estático, a  Sociologia Positiva estuda as partes essenciais do organismo coletivo, das instituições básicas  e dos órgãos fundamentais, que servem de sustentáculo a existência Social:
O Idioma, A Família, O Trabalho, A Produção, O Salário, O Capital, A Propriedade, O Governo Temporal ou Político e o Governo Sacerdotal ou Espiritual ou do CULTO. 

O Indivíduo não é social, mesmo com suas amizades; será tratado, na Ciência Moral Teórica Positiva ou Psicologia Positiva ou Científica, que tem uma interação muito grande com a Sociologia e a Biologia. A Ciência Moral Teórica Positiva pode ser estudada no Livro do mesmo nome de autoria de P. A. Lacaz. E em outro livro do Autor Pierre Laffitte, discípulo direto de Augusto Comte.

A natureza somática do Homem, sua constituição biológica, que exige uma renovação contínua de seus nutrientes, por meio da nutrição, que somente pode ser realizada pelos líquidos e pelos sólidos, sem falar da respiração ou nutrição gasosa; impõe como necessidade social, primordial e inelutável, a acomodação do meio cosmológico ou político, a esta necessidade fundamental, pelo trabalho ou pela Indústria (trabalho coletivo). 

Se o sustento pudesse ser efetuado, apenas pela respiração, esta atuação tão complicada do Homem sobre o Planeta Terra, para adaptá-lo ao seu uso, seria absolutamente inútil e não seria  sem dúvida tido início. Mas como nunca foi; todo o trabalho efetivo comporta três fases sucessivas: A Produção, A Conservação e a Transmissão. A questão econômica da formação e apropriação do Capital resulta inteiramente de nossa constituição individual, e é a primeira que a Sociologia Positiva, deve tratar.

A Sociologia Positiva resolve por considerações relativas ao Mundo, que fornece as matérias primas próprias, para satisfazer nossas necessidades materiais, e por outro lado a Humanidade, da qual provém  os Agentes de Produção.

Augusto Comte percebeu e concluiu que existem duas Leis  Filosóficas Naturais, que determinam à dupla influência do Homem e da Natureza, sobre os fenômenos econômicos.

           
1) Qualquer indivíduo pode produzir mais do que consome.

2) Os produtos são suscetíveis de durar mais tempo do que o necessário para serem substituídos.

São estas duas disposições fundamentais que, permitindo economizar,  asseguram a formação do Capital.

Isto quer dizer que o excedente da produção sobre o consumo, realizável por uma geração, que pode ser acumulado e transmitido às gerações seguintes. Isto tem permitido à sociedade dispensar alguns de seus membros da produção material imediata, e favorecer o advento de uma Classe Contemplativa, voltada à cultura Intelectual, que se não tivesse tido ação, nenhum sério progresso teria sido possível, pela Humanidade.

Assim, quando ocorre a formação do Capital, logo nasce a questão da apropriação ou da propriedade; de acordo com a dupla consideração da natureza, essencialmente coletiva, de toda produção, que deve por isso mesmo,  sempre conservar um destino social; e da necessidade de uma Atribuição Pessoal do Capital (Produtos e Instrumentos), para melhor gestão da riqueza, e para a independência necessária, dos agentes de produção ou do Homem. (1) – O Positivismo e a Economia Política – Pierre Laffitte. Vol. 1 Paris 1876.

   A questão do Trabalho pode então ser resumida de acordo com as duas formulas gerais:

1) A geração atual recebe das gerações que a precederam, para poder satisfazer suas necessidades ou suas condições de existência, um Capital, que deve ser transmitido às gerações seguintes, depois de ser incrementado

2) O Capital tem que ter a sua origem e seu destino no Social, conservando uma proporção pessoal, necessária para ser empregada com independência ao serviço da sociedade.

A Ciência social, ou Sociologia Positiva, estabelece que A Propriedade, não é nem do Direito Divino e nem do Direito Metafísico, jus uti et abutendi; mas deveria ser: Jus utendi, fruendi et abutendi re sua quatenus juris ratio patitur, que é a definição dada pelo Direito Romano à Propriedade. (O Direito de usar, de gozar e de abusar de coisa própria, até onde a razão do Direito suportar.); que tem um caráter relativo, e que apresenta uma função social, um cargo pessoal, cujo exercício se acha subordinado ao interesse geral ou Público. Augusto Comte, Política Positiva – Vol. II – O Positivismo e a Economia Política.

Antes de exigir os nossos direitos, devemos cumprir os nossos DEVERES.

Assim se expressou Augusto Comte, com relação ao direito e ao Dever:

           
“Ninguém possui outro Direito, se não, de fazer sempre, o seu Dever”.

                       
“Temos que substituir os Direitos Divinos e os Direitos Humanos, por Deveres Universais”


“A discussão  dos Direitos, nós substituiremos pela fácil Determinação dos Deveres”



Quanto a Família, não há dúvida, que é uma instituição espontânea, imposta pela natureza do homem. Com há necessidade de se reproduzir, assegurando a perenidade da espécie, o homem aproxima-se da Mulher e funda essa associação elementar, que se torna o ponto de partida, dos mais vastos agrupamentos sociais e da constituição da própria Humanidade.

Determinado por impulso animal, o instinto sexual, isto é, a aproximação do homem da Mulher, é a princípio mantida pelo pendor de criar filhos, ou pelo instinto educador, e em seguida pelo desenvolvimento de um sentimento mais nobre, o apego, amor entre seres locados em um mesmo plano, mas jamais iguais – amigos, os irmãos e os casais de par andrógeno, que vêm consolidar e embelezar a união primitiva. Devido ao egoísmo humano atualmente existente, a Mulher sabendo que pode abusar do prazer do sexo, se entrega sem o mínimo pudor para qualquer homem; não com vista à procriação, e sim pelo prazer do gozo, sem a  mínima vontade de constituir Família e ter o grande prazer de ter Amor pelo seu companheiro e este vise versa.

Estamos voltando a promiscuidade, que deu origem ao nascimento das Famílias; no entanto ainda muitas cepas  conservam, as suas tradições, que no passado lutaram por diferentes maneiras, para fugir da poligamia à monogamia, caracterizada no Ocidente, onde a Família, fez aparecer as mais altas aptidões morais de nossa espécie; o devotamento dos pais para com os filhos, e a veneração destes aos ascendentes.

Em tais condições, a associação já não tem somente por finalidade disciplinar e de somente procriação, mas  objetiva o aperfeiçoamento recíproco dos cônjuges; e sua cooperação, cada vez mais intima e voluntária, para educação dos seus descendentes.

            É a união harmônica de dois sexos, em que o homem representa a força e o comando  e a Mulher a influencia moral e a persuasão. Vide artigo A Mulher, de P. A. Lacaz, que esclarece esta harmonia, sem tirar o poder político e material da Mulher.  http://www.doutrinadahumanidade.com/doutrinapositivista/artigos/a_mulher.htm


 “Esta verdadeira unidade sociológica, que prepara uns e outros para a vida pública, pelo desenvolvimento das afeições desinteressadas, dos sacrifícios recíprocos e dos Deveres livremente cumpridos”. .

O Idioma, como meio indispensável de comunicação, para auxiliar a convergência das exigidas operações econômicas e domésticas; sendo assim o complemento especial das duas instituições fundamentais, que acabamos de indicar. Já verificadas entre os animais, torna-se destaque, nas principais associações  humanas. A importância de seu destino sentimental, intelectual e de ação ou coletivo, não pode ser contestado: é uma das principais instituições de nossa espécie, e a que mais contribuiu para a sua preponderância e advento.

  
Assim, as Famílias providas dos produtos necessários à própria existência e dos meios de troca de impressões, tendem espontaneamente, a grupar-se  em sociedades, cada vez mais extensas; guerreiras ou industriais, consoantes aos tempos  e necessidades, ao estado nômade ou sedentário, etc. E logo em seguida, formar a tribo, depois a vila, depois a cidade e por fim a nação, cuja existência e convergência, dispensáveis, para atingir o almejado fim comum; necessitam a coordenação dos esforços, de uma organização política, ou em uma única palavra, de um Governo, isto é, reação geral, de um centro, sobre todas as partes, que compõem o organismo social.

Ora esta  diretriz influente, pode exercer-se, sobre os ,interesses materiais imediatos, e impor-se às vontades pela força, obtendo uma convergência obrigatória pelo comando – isto é o Governo, propriamente dito – sendo ele Temporal ou Político - A Lei; ou então dirigir-se a Inteligência, às Opiniões e aos Sentimentos; pelo conselho, pela demonstração  científica e pala persuasão, para chegar à modificar indiretamente  os Atos: é  a Influencia Espiritual, suscetível  de uma projeção bem mais extensa, podendo mesmo abarcar a generalidade do gênero humano.

É bom lembrar que o Estado, tem na verdade, uma competência limitada aos grupos materiais, sempre forçosamente  restritos, ao passo que, pela mesma fé, Igreja, pode compreender um numero considerável de Estados, ou mesmo todos, se a crença  for comum  a da Filosofia Positiva, sendo real, e por conseguinte, suscetível de universalidade. 
 
            Assim, embora muito sumária esta noção das Instituições Elementares, de qualquer sociedade, vai no entanto nos permitir dar uma idéia bem geral do que é mister entender por existência social.

            Para isso, cumpri conceber à nossa espécie, este grande ser coletivo, que se chama HUMANIDADE, - isto é, o conjunto dos Seres convergentes, do Passado, do Futuro e do Presente, que concorreram, concorrerão e concorrem, para o Bem Estar Social, da Ordem que nos domina; como sendo do mesmo modo, que cada um dos indivíduos, que a compõem, mas em grau muito mais pronunciado; dirigido pelo sentimento, esclarecido pela inteligência e sustentado pela atividade. Realizado por intermédio de três elementos espontâneos e essenciais, de toda Ordem Social, aqui colocamos, de acordo com o grau de sua dignidade decrescente, e de sua Independência crescente: O Sexo Feminino ou as Mulheres; a classe contemplativa ou Sacerdotal; e finalmente a Força Prática, esta última compreendendo todos os homens que exercem  qualquer ação  sobre o Mundo, como diretores ou como Executores.

            Esta Força ativa se decompõe em Concentrada e Dispersa, segundo resulta da riqueza, ou dos números dos possuidores do capital (Instrumentos, Imóveis e Numerários) dos Patronais, ou dos Proletários.

Os Patronais e os Proletários desenvolvem especialmente o impulso prático, com a personalidade que supõe a ambos sua principal energia. Os Patronais devem dirigir as reações sociais, que eleva e enobrece cada vez mais o trabalho individual, e ainda representam a Continuidade. Já os Proletários representam a solidariedade, pois os tesouros materiais que os ricos possuem, e que a sociedade em definitivo deixa em suas mãos, provem de um longo acúmulo; de sorte que o trabalho manual, só atinge a sua inteira consagração, quando efetuado em prol do Bem Comum.  

Portanto, todo poder prático emana dos detentores do Capital, ou se desejarmos, dos Patronais; donos das reservas de alimentos indispensáveis à existência regular da sociedade, cuja principal eficácia, resulta de sua concentração.

É assim, que a propriedade material se reconhece como sendo, a condição fundamental da atividade contínua de nossa espécie, e a base indireta dos nossos mais eminentes progressos.

Quanto ao segundo elemento prático, o Proletariado, sem o qual o primeiro não teria razão de existir, constitui o lastro necessário de qualquer civilização.

Além de sua função indireta e indispensável a Produção, só pode adquirir influencia social pela União e pela Unidade, tendendo diretamente à desenvolver os melhores instintos de nossa natureza.

Por outro lado, sua própria situação social, o faz continuamente  atentar nas regras morais de uma organização, cujas menores perturbações, ele suporta de modo mais especial; e naturalmente livre da responsabilidade, e das preocupações que o exercício de qualquer comando determina; tornando-se muito apropriado para chamar todos os poderes, teóricos ou práticos; sacerdócios ou patronais às obrigações reais de seu destino social.  A Ação da Mulher, no seio da Família ou da Sociedade, é a melhor prova deste papel da Opinião.

Assim podemos dizer que a ação mais elevada dos  quatro elementos  fundamentais da Associação Humana - As MULHERES, ou a Influencia Moral; o Poder religioso ou Espiritual; o Poder Material ou Patriciado; e finalmente o Poder da Fiscalização Geral emanada pelo Proletariado – Ação que se exerce  pelo emprego das Instituições Fundamentais precedentemente descritas – A Propriedade, A Família, o Governo e a Religião. – que devem chegar à constituir, para Toda a Humanidade, uma Providencia Sistemática, consciente e precavida, tendendo a melhorar indefinidamente sua natureza e sua situação.

          A Providencia Feminina que deve sempre dominar o surto moral, já predispõe a sentir a continuidade e a solidariedade social, dirigindo a Educação dos Sentimentos, no seio  da Família. Em seguida, a Ação sacerdotal, faz apreciar sistematicamente a Natureza  e o Destino da Humanidade, de que fazemos parte, ensinando-nos os conhecimentos sobre a ordem real, da qual ela é um dos elementos mais  importantes.

             Enfim caímos, sob a preponderância direta e perpétua da providencia material, que nos  inicia na vida  prática, cujas reações afetivas  e especulativas, complementam  nosso preparo, e cujas reais exigências despertam o nosso valor e a nossa atuação definitiva. (Catecismo Positivista)

            Para ainda fixar melhor esta noção geral da intima constituição da sociedade, cumpre observar, que seus dois elementos, mais  importantes  - O Poder Espiritual, O Sacerdócio que Aconselha, e o Poder Temporal, O Patriciado que Comanda – formam, por si sós, duas classes distintas, representando as Mulheres e os Proletários, base comum de toda a População.

            Da Classe Teórica, que entre as tribos primitivas, ainda é representada pelos velhos, emanam a educação sistemática, e em seguida, a ação consultiva, sobre toda a vida real, a fim de ligar cada indivíduo à harmonia que a vida predispõe a desprezar.

            É pela Instituição do Idioma, que o Sacerdócio pode assim repartir os bens espirituais, dos quais é depositário e guardião.

            Quanto ao Patriciado ou Patronal, que conserva para o serviço da Humanidade (não pode haver outro motivo real nem legítimo para esta apropriação) os tesouros materiais acumulados pelos trabalhos seculares dos homens; sua função é mantê-los, aumentá-los e reparti-los, suprindo de acordo com as leis filosóficas das combinações de existência, junto a cada produtor, os materiais que consome com sua subsistência; e os instrumentos necessários ao preenchimento de sua função. – Catecismo Positivista -    

            Qualquer organismo social, por mais considerável que seja, apresenta  necessariamente, sempre e por toda parte, os elementos fundamentais, que acabamos de indicar, isto é,  se recorremos, para maior precisão, a expressão biológica, diremos como tecidos fundamentais, as Mulheres e os Proletários; como órgãos especiais o Patriciado e o Sacerdócio; e como aparelhos mais gerais, de direção e ligação, a Família, A Cidade, O Município, O Estado, A Federação e A Igreja ou Templo.    
           
            O Consensus Social será mantido, por este último Sistema,  o único que pode garantir o funcionamento  regular da Vida Material, Intelectual e Moral; e a suficiente harmonia do Gran Ser – Família, Pátria e Humanidade, ou seja deste imenso organismo coletivo que a Humanidade representa.

            Desta forma, muito resumidamente apresentamos, em conjunto, o Estado Estático da Existência Social, ou a Teoria da Ordem. Seria absolutamente irrisório, querer julgar por estas poucas linhas, que aqui consagramos a Estática Social, a instituição desta grande ciência, da qual só se pode obter uma exata  noção, ao se meditar  a exposição magistral , que Augusto Comte fez , no Segundo Volume de seu Sistema de Política Positiva.

Sociologia Dinâmica Positiva:

Quanto ao seu Estado Dinâmico, isto é, quanto ao seu  desenvolvimento ou evolução, que consiste na sucessão das modificações correlativas e fixas, que sofrem os elementos sociais, e as instituições essenciais, em seu movimento espontâneo, entre os limites de variabilidade, que a Ciência Sociologia reconheceu pertencer à existência coletiva.

 Todas as observações que se pode realizar sobre os diferentes grupos humanos, evoluindo através dos tempos, estabeleceram-se a existência de uma mudança continua, no estado das diversas Estruturas das Camadas Sociais e das Instituições Maternas e das Mídias, que servem para promover as suas Ações; tendo incessantemente variado, consoante aos tempos e lugares; a condição do Proletariado, do Patronal, do Sacerdócio e das Mulheres; o Caráter da Propriedade, a Forma da Distribuição da Riqueza, da Família, do Idioma, da Organização da Cidade, do Município, do Estado, da Federação e da Igreja, e esta última, em função de sua Doutrina.

O que caracteriza a Filosofia Positiva, como a glória do seu fundador, é ter encontrado e estabelecido, por demonstração, as Leis Filosóficas Naturais destas Variações, ou a Fixidez de suas sucessões, de acordo com a relação constante, que as ligam ao desenvolvimento dos três principais atributos de nossa natureza psíquica – O Sentimento, a Inteligência e a Atividade; isto é, de nossa “Alma” ou Psique ou Mente.

Todas as mutações sociais, assim observadas, dependem, com efeito, da evolução destes elementos primários, acima indicados, e de todas as manifestações coletivas, que são regidas por Leis Naturais Fundamentais, da Filosofia Primeira ou Leis da Fatalidade Suprema, que são 15 Leis*; as Leis Naturais da Filosofia Segunda – Leis Naturais de cada uma das 7 Ciências Positivas – Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia Positiva e Moral Positiva**, com suas respectivas  aplicações  tecnológicas, conhecidas dos positivistas, como Filosofia Terceira. Vide detalhe sobre estas Leis Naturais, nos Livros de minha autoria – “Manobre Você Mesmo Seu Destino” e  “Augusto Comte Para Todos”(*) http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2013/01/em-teste-sinopse-das-15-leis-naturais.html

VERSÃO MAIS DETALHADA

A
 CIÊNCIA
 SOCIOLOGIA

 POSITIVA ou CIENTÍFICA





Com   Base no:
                                              
Sistema de  Filosofia Positiva   - Volume  IV, V e VI
                                          Sistema de  Política   Positiva* - Volume II e III
                                               Augusto Comte ; obras escritas entre 1830 (41) - 1854 (65)

                                                                                     *Tratado de Sociologia  Positiva                                                                                                        
                           

Adaptado & Aprimorado

por

 Luis Lagarrigue 137 -  1926 // Alfredo de Moraes Filho  149 – 1938  // e  P. A. Lacaz 225 - 2014

Índice


A
Ciência
Sociologia
Positiva ou Científica

1) Objeto, Posição Enciclopédica e Plano da Sociologia Positiva.

                               1.1 - Objetos da Sociologia Positiva
                                                                             
                                               1.1.1 - Noção Precisa de Lei
                                               1.1.2 - Duas Sortes de Leis  -  Sucessão  / Semelhança
                                               1.1.3 - Duas Noções Fundamentais: Colaboração e Evolução
                                                                             
1.2 -  Posição Enciclopédica
1.2.1- Preparo do surto do Espirito (INTELIGÊNCIA) Positivo em Sociedade, desde a Antiguidade  até  Montesquieu – Condorcet - Turgot e os Economistas

                                               1.2.2  - Fundação da Sociologia Positiva por Augusto Comte.

                                1..3 - Plano da Sociologia Positiva.
                                               1.3.1 - Caracteres que o Espirito Positivo imprime à Sociologia.
                                                                                             
1.3.1.1 - Estudos  por comparação com a Teologia  e a Metafísica . Os caracteres que o Espirito Positivo Imprime  aos  Estudos                  Sociológicos.

1.3.1.2 - Conceitos  da  Subordinação  da Imaginação à   Observação.

                                                               1.3.1.2 - Substituição  do  Absoluto pelo  Relativo.

                               1.4 - Algumas definições necessárias.
                                                              
                               1.5 - Resumo Histórico da Sociologia.
                                                              
                               1.6 -  Métodos de  Investigação  Usados  em Sociologia
                                               1.6.1 - Noção de Liberdade
                                               1.6.2 - Estudo do Método e da  Doutrina
                                                               1.6.2.1 - Apanhado do Método usado nas Ciências
                                               1.6.3 - Estudo da Lógica  usado na  Ciência Sociologia
                                                               1.6.3.1 - Método Fictício - Moisés, Numa, Solon e Jeanne D’ Arc 
                                                               1.6.3.2 - Método Abstrato - Rousseau e Marx
                                                               1.6.3.3- Método POSITIVO - Montesquieu -Condorcet - Augusto Comte
                                                                                                                            
2)  Introdução -
                               2.1 - O Materialismo Sociológico -
                               2.2 - A Sociologia Positiva --
O Método Positivo e os Fenômenos Sociais - O Método                                                                           na Estática Social - O Método na Dinâmica Social - A                                                                            Fundação da Sociologia  Estática  - Os  Precursores da                                                                                             Sociologia Positiva . A Criação da Sociologia Positiva.
  3)  Resumo da Teoria  Biológica  da  Natureza  Humana
                              
 3.1 - Introito
                                3.2 - Instintos Egoístas
                                3.3 - Instintos Altruístas
                                3.4 - Laços com o Mundo Exterior
                                3.5 - Inteligência
                                3.6 - Caráter
                                3.7 - Construção do Sistema Nervoso
                                               3.7.1 - Sistema  Nervoso de Afeiçoamento
                                               3.7.2 - Relações  do Cérebro com o Corpo
                                               3.7.3 - Harmonia Vital

4)  Estática Social Positiva
                                                          
                               4.1 - Teoria da Propriedade  - Força Material
                                                                                                             
                                                4.1.1 -  O Trabalho
                                                                                             
4.1.1.1) Primeira Lei da Economia
                                                                                              4.1.1.2) Importância Social  das Necessidades Materiais
                                                                                              4.1.1.3) Influencia do Trabalho sobre a Inteligência
                                                                                              4.1.1.4) Caráter Social do Trabalho
                                                                                              4.1.1.5)  “Gratuidade do Trabalho”
                                                                                              4.1.1.6) “Gratuidade do Salário”


                                               4.1.2 - O Capital
                                                              
                                                               4.1.2.1) Segunda Lei da Economia
                                                                                              4.1.2.2) Composição do Capital
                                                                                              4.1.2.3) Transmissão dos Capitais
                                                                                              4.1.2.4) Doação
                                                                                              4.1.2.5) Troca
                                                                                              4.1.2.6) Instituição da Moeda
                                                                                              4.1.2.7) Herança
                                                                                              4.1.2.8) Conquista
                       
                                                 4.1.3)  A Indústria -PRODUÇÃO
                                                              
                                                               4.1.3.1) Introdução
                                                               4.1.3.2) Classificação do Proletariado
                                                               4.1.3.3) Funções Sociais da  Propriedade
                                                                              4.1.3.3.1) Função de Conservar  o Capital
`                                                                             4.1.3.3.2) Funções de Repartir as Provisões
                                                                              4.1.3.3.3) Sanção do Concurso Social
                                                              
4.1.3.4) Composição do Salário
                                                                              4.1.3.5) Função de Administrar o Capital
                                                                              4.1.3.6) Classificação da Indústria
                                                                                              4.1.3.6.1)  Agricultura
                                                                                              4.1.3.6.2)  Fabricação
                                                                                              4.1.3.6.3)  Comércio
                                                                                              4.1.3.6.4)  Serviço
                                                                                              4.1.3.6.5)  Banco
                                                                                              4.1.3.6.6 - Organização da Indústria –
4.1.3.6.7 - RESULTADO
                                                               4.1.4 )  O Salário
                         4.2)  Teoria da Sociabilidade
                                                               4.2.1) Lei Fundamental da Sociabilidade
                                                               4.2.2) Forças Sociais
                                                               4.2.3) Sociabilidade Doméstica
                                                                              4.2.3.1) Organização Familiar - Força Moral
                                                                              4.2.3.2) Condições da Família
                                                                              4.2.3.3) Linguagem
                                                                              4.2.3.4) Bases Materiais da Família
                                                               4.2.4) Sociabilidade  Nacional
                                                                              4.2.4.1) Sociedades das Famílias
                                                                              4.2.4.2)  Governo Político
                                                                              4.2.4.3)  Poder Espiritual
                                                                              4.2.4.4)  Território Nacional
                                                                              4.2.4.5) Nacionalidades
                                                                              4.2.4.6) Relações Internacionais
                                                                              4.2.4.7) Classes Sociais
                                                                              4.2.4.8)  Eleições dos Governos
                                                                              4.2.4.9) Mérito Pessoal 
                                                               4.2.5) Sociabilidade Universal
                                                                              4.2.5.1)  Harmonia Doméstica
                                                                              4.2.5.2)  Harmonia Nacional
                                                                              4.2.5.3)  Harmonia Internacional
                                                                              4.2.5.4) Existência Coletiva
                                                           4.2.5..5)  Organização Universal
                                                                                                                      4.2..5.6)  Governo Universal
                                                                                                                      4.2..5.7) Subordinação da Família à Pátria e a Humanidade
                                                                                                                      4.2..5.8 ) Subordinação da Pátria a Humanidade
                                                                                                                      4.2..5.9) Doutrina       
                                               4.3)  Teoria da Sociedade ou do Organismo Social - Governo                                                                                    4.4)  Temporal e Governo Espiritual Positivo.
                                                               4.5) Teoria da Existência Social

5 - Dinâmica Social Positiva

                               5.1) A Evolução da História da Humanidade - As Leis da Evolução  Humana
                                                               .5.1.1) A  Fetichocracia -
                                                                              5.1.1) Condições Teóricas do Fetichismo
                                                                              5.1.2) Linguagem
                                                                              5.1.3)  Atividade Educativa do Fetichismo
                                                                              5.1.4) Atividade Política do Fetichismo
                                                                              5.1.5)  Atividade Industrial do Fetichismo

                                                               5.1.2)  A  Teocracia
                                                                                              5.1.2.1)  Condições Teóricas da  Teocracia
                                                                                              5.1.2.2)  Condições Práticas da Teocracia
                                                                                              5.1.2.3)  Influencia Educativa
                                                                                              5.1.2.4)  Influencia Industrial                                    
                                               5.2) A Transição Ocidental          
                                                                              5.2.1) Elaboração Grega-
                                                                              5.2.2) Incorporação Romana
                                                                              5.2.3) Regimen Católico Feudal
5.2.3.1) Preparação do Regime Católico Feudal Século I ,II ,III e IV
                                                                                              5.2..3.2) Primeiro Período da Idade Média                                                                                                                     Século VI e VII
                                                                                              5.2.3.3)  Reforma Islâmica -VII
                                                                                              5.2.3.4)  Segundo Período da Idade Média -                                                                                                                                    Século VIII,IX e X            
                                                                                                              5.2.3.4.1)  Condições Políticas
                                                                                                              5.2.3.4.2)   Organização Feudal
                                                                                              5.2.3.5)  Terceiro Período da Idade Média -                                                                                                                      Séculos XI,XII , XIII
                                                                                                              5.2.3.5.1) Condições Morais
                                                                                                              5.2.3.5.2) Condições Políticas                                                                                                                                  5.2.3.5.3)  Evolução Teórica                                                                                                                                      5.2.3.5.4) Evolução Práticas
5.2.3.6) Decomposição do Regime Católico  Feudal
5.2.4) Idade Moderna - Primeira Fase  do Mundo           Moderno - Século XIV e XV
                                                                                              5.2.4.1) Evolução Teórica
                                                                                              5.2.4.2) Evolução Prática
                                                                                             
5.2.5) Idade Moderna - Segunda Fase do Mundo Moderno
                                                                                              5.2.5.1) Explosão Protestante
                                                                                              5.2.5.2) Reforma Católica
                                                                                              5.2.5.3) Anarquia Política
                                                                                              5.2.5.4) Retrogradação Política
                                                                                              5.2.5.5) Evolução Teórica
                                                                                              5.2.5.6) Evolução Prática
                                                                                              .5.2.5.7) Situação Proletária

6) Grande Crise  Moderna a partir do Século XVIII
                                                                             
                                               6.1) Retrogradação Sistemática
                                               6.2) Preparação da Grande Crise
                                               6.3) Revolução Francesa
                                               6.4) Retrogradação Imperial
                                               6.5) Resultados Políticos
                                               6.6) Revolução Proletária
                                               6.7) Soluções Normais.                                           

7)  Revolução Industrial - Século XIX - 1850 - Sindicatos.
                                                              
                                               7.1 As Grandes Guerras Mundiais  - Nacionalismo

                                               7.2 O Mundo Dualista - O Mundo Tecnológico
               
7.2.1 O Imperialismo Americano  - Democracia Capitalista - Os Grandes Blocos Econômicos - O   Mundo Individualista - Egoísmo

                                               7.3) O Neo-Liberalismo e a Plena  Desordem Imoral - Internet
                                                     Viagens Interplanetárias - Orgia Trilhonária
               
8) PERÍODO  INFORMACIONAL E DA  CONTURBAÇÃO GLOBAL------------------1990 / -2015
                                                              
9) Transição Final da Evolução Humana - ou Transição Ocidental – Crise Climática 2.050
                                     
                               9.1 Transição Final da Evolução  Humana -
                               Organização Temporal da Evolução Final - Organização                                                                               Espiritual das fases de Transição - Concepção Social do Futuro.
                                              
10)  Período  DO PLENO ENTENDIMENTO POSITIVO -----2200 - 2500
           
11) O Mundo Sociológico - Sociocracia Trabalhista -  Altruísta.

                                                                                          
  

A

CIÊNCIA

SOCIOLOGIA

POSITIVA ou CIENTÍFICA

       

1) Objeto, Posição Enciclopédica e Plano da Sociologia Positiva.

             A Humanidade, hoje em dia, parte de uma Organização Social, que  repousa  sobre  o Teologísmo e a Guerra, e tem evoluído  pouco a pouco, por ela mesmo, versos uma organização mais moderna, a qual força uma união  desordenada  no Presente, e que será em Futuro não muito longínquo, lastriada harmoniosamente sob as bases :


  das  Artes do Belo e do Bom- O Culto, tendo como fundamento O Amor por Princípio ; (Sentimento)

  das 15 Leis Universais e das 7 Ciências - O Dogma, tendo como fundamento a Ordem por Base; (Inteligência)

  das Disciplinas Individual, Familiar, Pátria e Planetária - O Regime, tendo como Objetivo, o Progresso por Finalidade 
                                                                                                                                             (Caráter ou Ação)

                Esta marcha é nitidamente visível na história da raça Branca, atualmente a mais avançada em civilização, no campo subjetivo cientifica e no objetivo tecnológico, é uma verdade; no entanto no campo sentimental Altruísta, perde enormemente para a raça Negra; e finalmente a raça Amarela que sobrepuja as demais, na voracidade do trabalho. A mais canalha é a branca, a mais imoral, e que tem transmitido estas desqualificações humanas às demais raças, pelas condições políticas e econômicas do momento.
                              
            A Civilização, em um dado momento, é representada pelo somatório das resultantes da Forma de Sentir, de Pensar e de Agir, dos Seres Humanos, dentro da  Humanidade. Este somatório, que provoca a união, que tem a sua origem em uma gama de filosofias, crenças e religiões, faz surgir estes grupos semi-harmônicos sociais, de hoje em dia.

            Estas formas de sentir, de pensar e agir se modificam em função dos valores e das grandezas dos desenvolvimentos da Inteligência Humana e fornece uma direção geral para gerar uma Opinião Pública.                    

                Elaborar a Historia da civilização é, portanto elaborar a historia das doutrinas ou religiões, que tem sucessivamente servido de guia à Humanidade.           
               
Para esta reforma ser possível, devemos adotar o lema “conservar melhorando”, preferindo sempre a evolução em vez da revolução e propondo para resolver a questão Social, um remédio não apenas econômico e político, sobretudo  intelectual e moral; factível de ser executado, por uma Educação Positiva Global; que  jamais foi quimérica, e hoje em dia, não mais interpretada como  Utópica, pois sempre foi  planejada com bases Positivas ou Científicas.


                1.1 – Objeto, Fim e Método da Ciência Sociologia Positiva


É com base na Dinâmica da  Filosofia da História*, que se encontra a Definição desta Ciência.(*) http://plato.stanford.edu/entries/history/
                                  
A Sociologia Positiva é a Ciência que tem por Objeto o Conhecimento do Organismo Social e do Desenvolvimento de uma Sociedade, isto é, do Estudo da  Ordem  e do Progresso ( Normal e {Patológico[ Ordem Retrógrada e Progresso Anárquico ]} ; a Sociologia tem por Fim o estabelecimento das relações Naturais – Leis Naturais, através das quais, sendo conhecidas as formações e a estrutura de uma Sociedade, podemos prever as suas condições  presentes e futuras de existência e de seu comportamento; a Sociologia  tem por Método a  filiação histórica que é o modo de raciocinar pelo qual induzimos através da contemplação de fenômenos sucessivos. Nota: Devido ao fato de que na investigação sociológica tem-se como fontes de observação dos Vestígios Religiosos (Sentimentos); Científicos (Inteligência) e de Política ( Ações- Caráter), não se pode como na Ciência Moral conhecer tão profundamente os fatores Sentimentais que criaram tais vestígios; isto não significa que não tenham estado presentes, isto é, participado, pois nada é indiferente perante o Sentimento, apenas, a parte Sentimental é profundamente analisada na Ciência Moral. Vide o Livro a Ciência Moral Positiva de P. A . Lacaz – 212 -  2001, para maiores conhecimentos sobre esta última Ciência, da Escala Enciclopédica.  http://www.doutrinadahumanidade.com/livros/ciencia_moral_positiva_r22.pdf
               
 A palavra Sociologia foi usada pela primeira vez na Filosofia  Positiva, como equivalente a expressão  Física Social (pág. 252 do volume 4) e na Política Positiva (pag. 403 do volume I). Augusto. Comte lastimou ter criado a composição híbrida deste vocábulo. No entanto ele afirmava que a imperfeição gramatical foi compensada
pela aptidão direta de tal estrutura, para lembrar a união histórica das duas fontes antigas da civilização moderna; uma a mental e a outra social - Grécia e Roma.

                                                                              Do latim - Socius

                                                                              Do grego - logos

1.1.0– Generalidades

            Como o nosso assunto é baseado na Filosofia Positiva e na Política Positiva, de Augusto Comte, é de bom alvitre pincelarmos, as concepções fundamentais, desta Filosofia e desta Política, para facilitar o estudo e a compreensão da Ciência Sociologia Positiva :

1) A Primeira consiste na distinção, que ela estabelece entre os Seres e os Fenômenos, ou Atributos, ou Propriedades comuns aos Seres, para o estudo dos corpos.        

Na multiplicidade infinita de objetos, que lhe oferece o espetáculo do mundo; a principio o Homem só vê conjuntos, isto é, indivíduos produzindo atos simples; só constata. Somente depois de um longo período, consegue decompor, cada um destes seres observados, cada qual das ações que o impressionam, separando por uma operação mental, sempre delicada, conhecida dos positivistas, por ABSTRAÇÃO - os elementos de cada efeito, as partes de cada conjunto, isto é, as propriedades comuns a tantos indivíduos ou seres distintos. http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2012/12/teoria-positiva-da-abstracao.html

Perceber  em diversos seres (objetos) uma propriedade comum, e conceber tal propriedade independente destes seres, é fazer Abstração.

Por exemplo, o ferro, a madeira, ou a cortiça, dão a quem a segura, a ideia de um determinado peso; mas trata-se de uma idéia concreta, e que assim permanece enquanto não for separada dos objetos, mais ou menos pesados, onde eles estavam misturados.

Para que nós percebamos a ideia de peso, fazendo abstração; cumpre que cheguemos, ao considerar o fenômeno do peso, em si mesmo, independente dos corpos em que ele esteja sendo analisado.

O peso torna-se então um fenômeno abstrato, caracterizado por certo numero de propriedades constantes, que se pode achar, onde quer que exista um objeto que possamos perceber  seu peso.

A aptidão para abstrair, ou a faculdade mental de observação abstrata, que pertence à organização cerebral do homem e dos animais superiores (1), consiste pois, em reconhecer as propriedades ou atributos ou fenômenos comuns aos diferentes corpos ou seres, fixando-os na Inteligência, com suficiente persistência para poder, em seguida, raciocinar sobre eles.

Por exemplo, consideremos um prisma de vidro, regularmente talhado, semelhante aos que são utilizados pelos físicos, para demonstrar a composição da luz. Este objeto tem uma constituição química definida. Vibra e soa quando é percutido; é, portanto sonoro. Torna-se eletrostático quando atritado. Apresenta uma temperatura particular. Tem certo peso e uma certa forma geométrica definida. Seu volume depende das superfícies que o circunscreve. Estas superfícies têm linhas que as limitam. Estas linhas têm entre si relações de comprimento, das quais depende o volume do corpo.

Se aplicarmos à estes comprimentos, uma medida comum, suas relações finalmente se  exprimirão, em simples relações de número. E assim chegaremos finalmente à nossa análise, as puras noções de quantidade, além das quais nada existem que possa ser claramente percebida pela Inteligência.

Nesta decomposição gradual, acabamos de por em evidencia os atributos, propriedades ou fenômenos (todos estes termos são sinônimos) que apresenta nosso cristal. O que fizemos foi analisá-lo.

A combinação em sentido inverso, destas diferentes qualidades, reproduziria a realidade material, o que chamamos estado concreto do corpo.

Afastemos ou desmembremos pela operação cerebral, todos os atributos ou fenômenos relacionados com a ordem química, física e matemática, a menos, das relacionadas com as referentes aos atributos eletrostáticos, sobre os quais vamos concentrar nossa atenção.  
  
Comparemos a atividade eletrostática vidro, com os atributos semelhantes, que em certo grau, outros corpos manifestam, quando submetidos à idêntica análise.

Isolemos este atributo, comuns das respectivas sedes ou dos corpos que as apresentam, e vamos estudá-las, nas circunstancias de sua produção; nas suas variações de intensidade, em todos os seus efeitos, e desta forma teremos realizado a Operação de Abstração, e não somente, a observação abstrata, mas a teoria abstrata da eletricidade, no que diz respeito ao seu modo estático.

Podemos observar que para Abstrair, nossa inteligência processa por meio de duas fases operacionais lógicas inseparáveis, embora distintas; numa, decompõe o corpo em seus constituintes atributos: é a análise, ou observação abstrata; na outra, estuda o atributo comum à vários corpos, pela meditação abstrata.

Augusto Comte formulou esta operação, da seguinte maneira: “generalizando por Abstração a teoria isola cada fenômeno de todos os outros, que realmente o acompanham, para compará-lo aos efeitos semelhantes, que todos os outros comportam, mesmo quando hipotéticos.”  * ( * Com referência  a esta grande  questão da Abstração procure a Obra de Augusto Comte: Sistema de Filosofia Positiva, Sistema de Política Positiva e Síntese Subjetiva ; Pierre Lafitte : Curso de Filosofia Primeira. Os Grandes Tipos da Humanidade, t.1 e2 , sobretudo a apreciação de Arquimédes – Dr. Bazalgette - A Política Positiva; P. A . Lacaz e H. G. Costa, o Livro Manobre Você Mesmo o Seu Destino.

A Abstração substitui a contemplação direta dos Seres, pelos estudos das existências. 
 
A extensão, o movimento, o peso, a temperatura, o som, a luz, a eletricidade, a composição química, e tantas outras análises isoladas pela  observação abstrata dos corpos, sobretudo, dos de ordem inferior, pedras, minerais, montanhas, rios, mares, astros, representam a existência física. Os fenômenos da vida vegetativa e animal, observados nos seres, mais complexos; flores, árvores, cães, cavalos, homens, etc, constituem a existência vital. Finalmente os acontecimentos que se notam entre os povos, na realidade, seres mais elevados, que constituem a existência social.

Refrisando, alertamos que são de acordo com esses diversos modos de existência – geométrica, mecânica, física, química, biológica, social e moral, que a Meditação** indutiva e dedutiva, institui finalmente as grandes construções positivas ou científicas, que representam a Ordem Universal. (***) Desde logo, a previsão intelectual é a base da ação, e ela se aplica com maior eficácia à vida Industrial e Altruísta, própria do futuro, que com relação à existência militar do passado, que provoca na Atividade Prática pelo regular da inteligência, impulsionando-a a estudar a Ordem Universal, para aperfeiçoa-la nas expressões harmoniosas relativas ao Gran Meio, Gran Fetiche e ao Gran Ser. (Gran Meio = Ciência dos Espaços Cerebrais – Neurologia e etc.) (Gran Fetiche = Ciência do Planeta Terra) ( Gran Ser = Ciência da Humanidade = Família, Pátria e a Evolução da Humanidadade) Entende-se por Humanidade o Conjunto dos Seres Convergentes, do passado, do futuro e do presente, que concorreram, concorrerão e concorrem, para a melhoria Social e Moral do SER HUMANO, no reino da Mãe Terra e agora nas viagens Interplanetárias..        
(**) Vide na exposição sobre Teoria da Abstração – Teoria Cerebral de Augusto Comte.

Entretanto é necessário, que sempre nos lembremos, de que a Abstração, mesmo aplicada às ciências, não basta para dar ideia exata da realidade, e que na  prática, somos  forçados a aceitar as relações diretas com todos os seres****, considerados como indivíduos, ou sinteticamente, sem os decompor  em seus  elementos abstratos. (****) São todas as informações que entram no nosso Encéfalo através dos 8 sentidos.
É desta forma que todas as partes do saber concreto, da ciência – saber abstrato; como a cosmografia, a história natural, a antropologia, etc., adquirem grande importância; mas não devemos esquecer, que só o saber abstrato permitiu, que eles se constituíssem. O que seria a História Natural sem a Física, sem a Química e sem a Biologia? O que seria a própria Antropologia sem a Biologia e a Sociologia?   

As Leis concretas, que sem dúvida, determinam suas ações, são muito complicadas, para que possamos chegar às suas descobertas. Pelo contrário, as Leis Abstratas, que regem os diversos modos de existência, ou as diferentes categorias de fenômenos que apresentam, são tão acessíveis, que podemos convenientemente concebe-las e explicar as atividades, de que são dotadas.

Vai daí, que colocamos; como podemos estudar em conjunto a Atmosfera? Como descobrir suas Leis Naturais? Pois algumas décadas atrás  ainda permaneciam mal conhecidas, que ainda não possibilitam definir a exata precisão das condições climáticas, etc. . Mas foi com o cientista holandês Christophorus Henricus Didericus Buys-Ballot (1817-1890), que ajudou a assentar as bases da meteorologia moderna e desenvolveu um sistema de observações meteorológicas reconhecido internacionalmente. {Entende-se por Meteorologia, o estudo científico da atmosfera da Terra . Inclui o estudo das variações diárias das condições atmosféricas (meteorologia sinóptica), o estudo das propriedades elétricas, ópticas e outras da atmosfera (meteorologia física); o estudo do clima e das condições médias e extremas durante longos períodos de tempo (climatologia), a variação dos elementos meteorológicos perto do solo numa área pequena (micro meteorologia) e muitos outros fenômenos. No estudo das camadas mais altas da atmosfera (superiores aos 20 km) costuma-se utilizar técnicas e disciplinas especiais. Este estudo tem o nome de aeronomia. O termo ‘aerologia’ aplica-se ao estudo das condições atmosféricas a qualquer altitude. Compreende-se por Atmosfera, mistura de gases que rodeia um objeto celeste (como a Terra) quando esse conta com um campo gravitacional suficiente para impedir que escapem. A atmosfera terrestre está constituída principalmente por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). O 1% restante é formado por argônio (0,9%), dióxido de carbono (0,3%), distintas proporções de vapor de água, e traços de hidrogênio, ozônio, metano, monóxido de carbono, hélio, neon, criptônio e xenônio. A atmosfera se divide em vários níveis. Na camada inferior, a troposfera, a temperatura chega a cair 5,5 °C para cada 1.000 m. É a camada na qual se forma a maior parte das nuvens. A troposfera se estende até uns 16 km nas regiões tropicais e até uns 9,7 km em latitudes temperadas. A seguir vem a estratosfera. Na sua parte inferior, a temperatura é praticamente constante. Dentro da camada de ozônio, entre 19 e 48 km, aumenta mais rapidamente, fazendo com que, nos limites superiores da estratosfera, quase a 50 km sobre o nível do mar, chegue a ser quase igual à da superfície terrestre. O estrato chamado mesosfera, que vai de 50 a 80 km, se caracteriza por uma marcada queda da temperatura à medida que vai aumentando a altura.  A camada que se estende desde os 80 km até os 640 km recebe o nome de ionosfera, devido à concentração relativamente elevada de íons. também é conhecida como termosfera, por causa das altas temperaturas (em torno dos 400 km se atinge os 1.200°C). A região além da ionosfera, recebe o nome de exosfera e se estende até 9.600 km, constituindo o limite exterior da atmosfera} Mas hoje em dia já podemos avaliar sistematicamente por exemplo por um  Modelo adiabático da atmosfera terrestre compatível com o aquecimento global e o efeito estufa   http://dx.doi.org/10.1590/S1806-11172012000300010
O mesmo se dá, e com maior razão ao se tratar de Seres mais complexos com o envolvimento da Sociologia Política (Economia Política) e a própria Antropologia Moderna que se mescla com a Sociologia Positiva que Augusto Comte já havia definido no século retrasado - XIX , com maior amplitude e clareza, as suas Leis Naturais.
{Entende-se por Antropologia, estudo dos seres humanos de uma perspectiva biológica, social e humanista; mas de forma desorganizada}. Esta ciência divide-se geralmente em dois grandes campos: a antropologia física, que trata da evolução biológica e a adaptação fisiológica dos seres humanos, e a antropologia social ou cultural, que se ocupa das formas em que as pessoas vivem em sociedade, ou seja, as formas de evolução de sua língua, cultura e costumes.

1. A antropologia é fundamentalmente multicultural. Os primeiros estudos antropológicos analisavam povos e culturas não ocidentais, porém seu trabalho atual concentra-se, em grande parte, nas modernas culturas ocidentais (as aglomerações urbanas e a sociedade industrial). Os antropólogos consideram primordial realizar trabalhos de campo e dão especial importância às experiências de primeira mão e, por isso, participam de atividades, costumes e tradições da sociedade.
A antropologia surgiu como campo diferenciado de estudo em meados do século XIX. Nos Estados Unidos, o fundador desta disciplina foi Lewis Henry Morgan, que pesquisou em profundidade a organização social da confederação iroquesa. Na Europa, seu fundador foi Sir Edward Burnett Tylor, que construiu uma teoria sobre a evolução humana que atribuía especial atenção às origens da religião. Tylor, Morgan e seus contemporâneos ressaltaram a racionalidade das culturas humanas e argumentaram que, em todas as partes, a cultura humana evoluía para formas mais complexas e desenvolvidas. Bronislaw Kasper Malinowski, fundador da escola funcionalista de antropologia, afirmava que as organizações humanas deviam ser examinadas no contexto de sua cultura.
 2.     ANTROPOLOGIA-FÍSICA
 A antropologia física ocupa-se principalmente da evolução humana, da biologia humana e do estudo de outros primatas, aplicando métodos de trabalho utilizados nas ciências naturais. No campo da evolução humana, destacam-se os trabalhos dos paleontólogos Louis Seymour Bazett Leakey, sua esposa Mary Douglas Leakey e seu filho Richard Erskine Leakey, os quais descobriram fósseis, utensílios de pedra e ossos dos primeiros hominídeos. Outros ramos importantes da antropologia física é o estudo dos povos contemporâneos e de seus diferentes traços biológicos e genéticos, em relação com o ambiente cultural e social. O estudo dos primatas, seu comportamento, hábitos e costumes, constitui uma dimensão comparativa essencial da antropologia para conhecer os antepassados do ser humano. A antropóloga britânica Jane Goodall dedicou anos à observação dos chimpanzés no parque nacional da Tanzânia, descobrindo uma relação de comportamentos e habilidades surpreendentes.
3. ANTROPOLOGIA SOCIAL E CULTURAL.
Grande parte da investigação antropológica baseia-se em trabalhos de campo levados a efeito nas diferentes culturas. Entre 1900 e 1950, aproximadamente, estes estudos eram orientados a registrar cada um dos diferentes estilos de vida antes que determinadas culturas primitivas sofressem a influência dos processos de modernização e europeização. Tais trabalhos de campo que descrevem a produção de alimentos, as organizações sociais, a religião, a vestimenta, a cultura material, a linguagem e demais aspectos das diversas culturas, é o que se conhece por etnografia. A análise comparativa destas descrições etnográficas, que buscam generalizações mais amplas dos esquemas culturais, as dinâmicas e os princípios universais, é o objeto de estudo da etnologia. No campo da antropologia social e cultural são importantes as abordagens de Margaret Mead, Franz Boas, Alfred Louis Kroeber e Claude Lévi-Strauss.
4.       MÉTODOS E APLICAÇÕES.
Existem tantos métodos de pesquisa quanto temas de estudo. Na arqueologia, a técnica do carbono radioativo é talvez a mais utilizada. Na antropologia social e cultural, os estudos baseiam-se nos métodos de observação participante dentro de uma comunidade ou sistema social. Sem dúvida, hoje a investigação exige outras ferramentas metodológicas como as entrevistas estruturadas e as provas psicológicas.


 5.     TENDÊNCIAS ATUAIS
A antropologia moderna está se convertendo pouco a pouco em uma ciência aplicada, já que os pesquisadores estão se concentrando em aspectos sociais como saúde, educação, proteção do ambiente e desenvolvimento urbano. São muitos os antropólogos contratados por organismos públicos, instituições de pesquisa, grupos independentes de pressão, organizações indigenistas e agências sanitárias para realizar trabalhos de campo em ambientes culturais, como projetos educativos, sanitários ou programas de desenvolvimento agrícola em regiões rurais. O deslocamento para o estudo de sistemas mais heterogêneos e diversificados, assim como o auge dos métodos quantitativos de pesquisa, hoje necessitam do apoio de diferentes profissionais, incluídos os assessores estatísticos, biólogos, sociólogos e demais colaboradores”

Em compensação, a astronomia, a física, a química, a biologia e a própria Sociologia Positiva, sendo esta última, que estuda a existência social e não o Ser humano individualmente, no que se refere ao seu estado psíquico, pela Ciência Moral, que subordina a Sociologia, desvendam-nos suas Leis Naturais, permitindo verdadeiras profecias científicas, sobre o encadeamento dos fenômenos ou acontecimentos, que constituem  seu objeto. 

É pela Teoria da Abstração, percebida por Augusto Comte o ponto de partida, isto é, a fonte de onde origina toda Ciência, toda a construção psíquica real e toda a verdadeira coordenação.

Todas as Pesquisas Teóricas, para serem Positivas ou Científicas devem pôr em prática, com base nos estudos das existências (extensão, movimento, peso, calor, combinação, material, vitalidade, sociabilidade, e etc. ), e deixando as dos Seres ou dos Indivíduos à investigação Prática, Agrícola, Industrial e Artística.

Filosoficamente, só as Leis Abstratas são acessíveis e mesmo indispensáveis; pois sem elas não conheceríamos suficientemente nenhuma existência, ou se quer, um simples Ser.

Somente pela Abstração é possível revelar uma Ordem Fundamental, Universal, resultante da coordenação genérica de Existência; somente ela, nos permite instituir, um grande ponto, que é, a nossa atuação sobre o duplo meio exterior, fazendo-nos conceber sistematicamente, todos os casos de possível modificabilidade, ao invés de agitar-nos, como perdidos, em semelhante pesquisa.

Cumpre ainda ao se referir à Abstração Cientificamente Aplicada, o processo lógico; aliás, próprio da Filosofia Positiva, processo este, do estudo dos corpos, sob o duplo aspecto Estático e Dinâmico; o que vale dizer, ao seu estado de repouso ou atividade, o qual permite chegar a uma aproximação, ainda mais rigorosa e mais completa da realidade.

Este processo pode levar também ao mesmo tempo, a questão da Abstração, por outro modo insolúvel, o da transcendência e da Imanência das propriedades, formula pedantesca e modernizada, de opiniões antigas e muito antagônicas sobre a atividade dos Seres.

Exemplifiquemos: As propriedades seriam Transcendentes, se considerássemos os Seres, da forma como os deístas apregoam, como inertes, só agindo pelas vontades sobrenaturais exteriores; deuses, semideuses e outros agentes de igual valor.

Seriam Imanentes, se encarássemos estes atributos, ou fenômenos, tais como o movimento, o som, a eletricidade, a afinidade química, a contractilidade, etc. , como entidades, fluidos, energias ou éteres, residindo nos seres; embora distintos deles, como afirmam os metafísicos; ou então se considerássemos todas estas qualidades como propriedades naturais dos corpos; neles tendo a sede habitual, permanecendo entretanto independentes, como se os órgãos, ou outras quaisquer partes só lhes servissem de substratos materiais. Esta ainda é a opinião de quase todos estes cientistas. Isto que acabamos de descrever é um resto de filosofia metafísica, e que os positivistas a muito tempo já puseram por terra  e jamais poderemos admitir.

Para esta filosofia metafísica só há corpos em repouso e em movimento, aptos a agir ou em exercício; em estado estático ou dinâmico, apresentando propriedades diferentes em ambos os casos. Nunca o Ser ou o órgão, que manifestam as propriedades de extensão, de peso, de som, de luz, de sensibilidade, de motricidade, e etc., poderiam ser separados de uma destas propriedades, que são seus atributos ou fenômenos naturais, suas maneiras de terem, suas qualidades intrínsecas.

Os Seres ou Corpos estão em equilíbrio ou agitados, são pesados, sonoros, luminosos, elétricos, sensíveis, contráteis, etc. . Porém, nunca o equilíbrio, o movimento, o calor, o magnetismo, etc. existem isoladamente, em estados de entidades independentes da própria matéria, inorgânica ou orgânica, da qual estas propriedades são meros atributos ou fenômenos  inseparáveis.

É bom que se repita, que só por um artifício lógico, por meio da operação da nossa Inteligência; resumindo, por Abstração, é que separamos dos corpos suas propriedades, afim de estudá-las mais detalhadamente.

Pelo enfoque Positivista, que analisa os “como ocorrem os fenômenos” e não os porquês; e eliminando totalmente a forma de pensar por  causa e efeito; vendo as coisas como de fato são, não há pois, nem Transcendência, nem Imanência.

As Propriedades não são outra coisa que aquilo que lhe define as qualidades, isto é, os fenômenos materiais, intelectuais e morais, em ação.

Os Substantivos, pelos quais designamos os atributos comuns a todos os corpos, ou a vários dentre eles; não representam seres reais, mas imagens do exterior, abstraída pelo nosso encéfalo. – Não há peso, não há calor, não há vida, etc., mas há corpos pesados, quentes, vivos; vale dizer, corpos dotados destes diferentes modos de existência.

Finalmente, com relação a este tópico, podemos garantir, que a matéria é eminentemente ativa, não somente naquelas conhecidas como orgânicas, que ,apresentam as propriedades  já bem definidas  em elevadas sensibilidade e motricidade, mas ainda, a dita inorgânica, que possuem todas as propriedades físicas e químicas.


1.1.1- Noção Precisa de LEI.

A Segunda concepção fundamental da Filosofia Positiva, que a caracteriza essencialmente, é a noção de Lei Natural, pois ela considera todos os fenômenos reais, isto é, observados, como estando sujeitos a relações imutáveis, mas de diversas intensidades.  
Esta ciência estuda a existência Social, as Leis Naturais dos fenômenos Religiosos, Políticos e Científicos, onde o homem vivendo em sociedade vive em uma ordem humana coletiva”
Augusto Comte – Filosofia Positiva – Vol. IV,V e VI; Política Positiva Vol. II, III e IV; Catecismo Positivista.

 Estas Leis Naturais Estáticas e Dinâmicas, explicam o consensos e a evolução em toda a Sociedade.
CONTINUA – O RESTANTE DO LIVRO FICARÁ PRONTO EM DEZ 2015
Já Está  no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional..



                  

                                                                


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